Nem acreditei quando li um texto do Mauricio Benvenutti nas páginas do Estadão. Era sobre a Finlândia, em 13 de outubro eles comemoram o Dia Nacional do Fracasso.
Um dia para comemorar erros? Sensacional!
Tudo começou, segundo o Mauricio – sócio da plataforma para startups StartSe – quando estudantes em Helsinque perceberam que os finlandeses tinham um medo enorme de errar. E justamente em uma época em que a Finlândia precisava criar negócios inovadores e gerar assim mais postos de trabalho.
Com medo de falhas seria praticamente impossível!
Pois bem, escolheram um dia para comemorar – sim, isso mesmo – comemorar erros. Realizaram vários eventos pelo país, conseguiram mostrar que falhas não representam o fim do mundo, mas sim uma oportunidade de aprendizagem e de construção de coisas diferentes.
Genial!
Em minhas aulas sempre incentivei os alunos a tentarem soluções.
– Será que esta função resolve o problema na planilha? Tente!
– Será que este slide vai passar a ideia que preciso? Experimente!
– Será que este e-mail vai atingir os resultados que preciso? Envie!
Claro, a ideia aqui é errar “erros novos” (rs), afinal temos a chance de aprender com nossos fracassos. E comemorar com as oportunidades de crescimento com este processo.
Interessante é que o Mauricio Benvenutti fala no artigo que ninguém gosta de errar. O revés machuca, nas palavras dele. É a mais pura verdade! Também é verdade que o erro proporciona uma oportunidade única para analisarmos o que aconteceu, repensarmos a situação e aprender – muito – para as próximas etapas de nossas vidas.
Em sala de aula, este ambiente de abertura a erros é fundamental. Meus alunos sabem disso! Eu sei disso! 😊
E não só na sala de aula, certamente na vida. Meu pai está com 89 anos, uma mocinha bem novinha – acabou de completar 18 anos – está ajudando a cuidar dele. Passeia com ele, joga dominó com ele e até faz comida para ele.
Ela está se dando bem com todas as tarefas – e olha que é o primeiro trabalho da vida dela. O único problema tem sido a comida, está difícil acertar o ponto. Outro dia falei para ela:
– Só há um jeito de você não errar mais na comida: é só não cozinhar!
Ela entendeu o recado. É errando que se aprende! E não só na Finlândia (rs)!Um abraço grande,
Fernando Andrade